Certeza de que a coisa mais linda na vida de uma mulher (e de um homem) é o nascimento de um filho. A emoção é indescritível.
Hoje, véspera do meu pequeno (já nem tão pequeno assim) completar um ano, penso em tudo que já passamos juntos, mas também em como tudo começou...
Quando li o positivo, quando fiz pela primeira vez a ultra e meu filho era um grãozinho de arroz, ainda era tudo muito irreal, parecia apenas um sonho. A primeira vez que ouvi o coraçãozinho, me lembro bem, foi o maior orgulho, e um grande sentimento da realidade do que estava acontecendo tomou conta de mim. A certeza de que era um menino desde o início, de saber que tinha um bebezinho, crescendo a cada dia dentro de mim, me enchia de felicidade. Como eu ficava feliz com seus chutes, sempre de madrugada... Como eu curti e fiquei apaixonada pelo meu barrigão, quando você, meu filho, ainda era só meu, todinho meu, cada pedaço do meu corpo era seu, e cada pedaço do seu corpo, era meu. Éramos um só, harmonia, amor, completos.
Quando tiraram você de dentro de mim, e eu te vi, foi como se mais nada na vida importasse, como se eu tivesse nascido e vivido esperando aquele momento, nosso momento. E você, mais que lindo, perfeito, meu. Meu anjo, meu bebe, tão pequeno, tão frágil, tão meu. Levaram você para limpar, e você chorava. "Porque não me trazem logo ele?", eu pensei. "Ele quer a mim, ele precisa de mim, eu vou saber fazer ele parar de chorar." Você chorava, e eu chorava junto. Emoção de finalmente te ver, emoção de caber tanto amor numa pessoa só... Como eu queria poder te pegar logo e dizer "para de chorar, meu filhinho, mamãe está aqui, do seu lado, e daqui nunca mais vou sair". Trouxeram você pra mim, embrulhadinho, e você não chorou mais, ficou do meu lado, tão pequeno, meu Deus, e tinha cabelo! Mal sabia eu que toda essa felicidade, emoção e orgulho era apenas o começo da aventura...
E eu chorei, chorei muito. De alguma forma, tudo tinha mudado tão rápido. De alguma forma, eu sabia que sempre seria feliz depois daquele dia... Chorei porque não sabia que existia amor tão grande assim, chorei porque era tudo tão intenso...
No quarto você ficou comigo, do meu lado. E eu não dormi naquela madrugada, eu só queria te olhar. Passei a madrugada toda te namorando, te vigiando, te admirando. "É meu, eu fiz ele todinho", eu pensava. Cada pedacinho daquela perfeição vinha da minha barriga, quanto orgulho!
E você mamou. No segundo dia com um pouco de dificuldade na pega, mas logo se mostrou um príncipe e aprendeu muito rápido. Engordou e cresceu muito mais do que o esperado na primeira semana de vida, só com o leitinho da mamãe. E começaram as madrugadas agitadas, eu, cheia de felicidade cada vez que você acordava e eu podia te cheirar mais um pouco, dar de mamar, trocar sua fralda. Passava o dia todo com você, só nós dois. E depois dormíamos juntos, e assim fazemos até hoje. Aprendi a ter paciência, muita paciência, para amamentar exclusivamente nos 6 primeiros meses, aprendi a confiar em mim e que eu podia dar o melhor para o meu filho.
Você foi crescendo, meu bebe, que era tão pequeno... Crescendo cheio de sorrisos e sapequices. Cheio de amor e dengo. E agora, completa 1 aninho. Já sabe tanta coisa, já sabe até rir debochado quando a mamãe diz "não", e eu pergunto: tem como não rir com uma sapequice dessa?
Agora, já dorme todo dia às 20:30, rapidinho, no colinho da mamãe, mamando, com musiquinha de fundo.
Já come de tudo, mas tem seus gostos. Banana é o eca, com direito a careta e cuspidão na nossa cara! Feijão, frango, cenoura e beterraba estão entre os preferidos. Mesmo depois de almoçar, ele vem beliscar os últimos citados no prato da mamãe. E como come... Almoça, come sobremesa e mama! Meu garotão!
Agora, deixa eu ir, que meu garotão de quase 1 ano tá solicitando minha presença na caminha pra mamar e dormir agarradinho com a mamãe :D
