quinta-feira, 30 de julho de 2009

De como ele veio ao mundo...


Na madrugada de sexta(dia 17/07) para sábado(dia 18/07) não conseguia dormir pensando no meu pequeno príncipe. Será que ainda falta muito? Quando será que ele vai chegar ?... Uma grande ansiedade não me deixava dormir, então resolvi arrumar as coisinhas que ainda faltavam. Fui dormir 2:30 da manhã arrumando as coisas.
No sábado comecei a sentir uma dorzinha leve, nada alarmante, estava mais dolorida do que sentindo dor mesmo. No domingo, a dorzinha continuou, levinha, fraquinha.

Segunda(dia 20/07) acordei ainda com a dor. Sabia de alguma forma que a hora estava muito próxima, mas aquela dor era muito fraca pra ser dor de contração. Esperei e elas aumentaram, aos poucos. Até o momento que descobri que podia contá-las, estavam regulares! Minha mãe estava super ansiosa! Eu estava calma, tranquila, só conseguia pensar que logo poderia ver o rosto do meu anjo, logo o melhor momento chegaria, e então seria pra vida toda, logo eu seria mãe.

Falei com minhas amigas da internet e todas achavam que já era trabalho de parto, ficaram todas ansiosas também. Liguei para o Dr. Carlos, nosso obstetra, e expliquei que estava sentindo dores muito fracas, que duravam em torno de 30 segundos e vinham em intervalos de 5 em 5 minutos. Ele falou que precisava me examinar, liguei pro Wilson e avisei, arrumei as últimas coisinhas e fui com minha mãe para o consultório.

Chegando lá, o Dr. Carlos me examinou e explicou as duas coisas que podiam estar me levando a ter contrações com 36 semanas de gestação:
1 - A bolsa ter rompido e eu não ter percebido. Nesse caso, seria indicação de cesárea o mais rápido possível já que eu tinha uma constante infecção urinária que, com a bolsa rompida, podia afetar o bebe.

2 - A infecção ter aumentado e provocado as contrações. Nesse caso, eu seria internada para ser medicada na veia com antibióticos e ver se as constrações paravam.

Ele me passou uma ultra de urgência e fui fazer. O médico que fez a ultrassonografia levou um susto porque havia pouquíssimo líquido na placenta, provavelmente a minha bolsa tinha estourado há mais de um dia e não percebi. Depois que ele falou isso realmente lembrei que estava descendo mais líquido(que pensei ser corrimento) há uns dois dias. No consultório, o Dr. Carlos me mandou ir direto ao Hospital das Clínicas com o Guia de Internação porque meu parto seria cesárea e tinha de ser naquele dia.

Liguei para o Wilson e avisei, ele ficou super nervoso e ansioso. Quando eu e minha mãe estávamos entrando no Hospital, encontramos com meu pai! Tanto ele, como nós, ficamos surpresos. Ele estava lá porque meu avô precisou ser internado de urgência para uma operação. E justo naquele dia, coincidência. Meu pai foi pra casa tomar um banho e ficou de voltar para acompanhar o nascimento do neto. Minha mãe foi em casa buscar a minha mala e a do pequeno príncipe, enquanto isso fiquei sozinha no Hospital esperando o Wilson chegar. Enquanto esperava, liguei para algumas pessoas para avisar. Manuh e Ni, amigas da internet, ligaram pedindo notícias e avisando que todas as outras meninas estavam torcendo e ansiosas pelo nascimento do Juan. As pessoas da família também ligaram, todos esperando com muito amor o pequeno príncipe chegar.

Logo o Wilson chegou, nervoso, tremia da cabeça aos pés. Eu, com contrações, não conseguia ficar sentada, mas estava em pé, calma. Ele andava para um lado e para o outro, parecia que ele é que ia parir. E para minha surpresa, chegaram Helguinha e Livinha, as dindinhas do Juan, para acompanhar de pertinho o nascimento dele. As duas também nervosas! Chegou minha mãe com as malas e subimos para o quarto, já deviam ser umas 22 horas. Coloquei a camisola de bumbum de fora e esperei. Estava calma, tranquila, mais do que qualquer um, sabia que o Juan precisava de paz pra chegar ao mundo, precisava saber que estava tudo bem e que ia ficar tudo bem, que eu estava lá, esperando ele vir e que mesmo que talvez não fosse no ritmo dele, por ser cesariana, tudo ia estar em paz para sua chegada.

O enfermeiro trouxe a maca e lá fomos nós, eu e Wilson para a sala de parto, deixando os avós e as dindas na torcida, de longe. Perto da entrada do centro cirúrgico, barraram o Wilson. Fiquei super nervosa, precisava dele ali naquele momento. Entrei sozinha e não relaxei enquanto não deixaram ele entrar. Ele ficou do meu lado até avisarem que tinha chegado a hora.

E então tiraram ele da minha barriga, no começo: silêncio. Depois um chorinho bem fraco, parava e continuava. A maior emoção que alguém pode sentir, chorei, chorei muito. Só queria ele perto de mim. Queria que o mundo parasse. Ele era tão pequeno, precisava tanto de mim e era só meu. Meu filho. Meu príncipe. Meu menino. Minha vida. Não queria mais nada, só ele. Colocaram ele perto de mim: como era lindo. E como eu podia amar alguém tanto assim, alguém que eu estava conhecendo! E naquele momento a gente jura amor e dedicação pra sempre... E sabe que a partir dali a vida muda, você não é mais dono de si. E o meu dono, o dono da minha vida e do meu coração estava ali, pequenininho.

Foi o dia mais feliz da minha vida.

Um comentário:

Ni e Elvio disse...

Que lindooo!! modestia parte, adorei ver meu nome ali=)


Seus gostosos!! Próxima vez q eu for pro RJ, vcs nao me escapam!!!!!